Simples. Como assim?

Foto Jorge Koho Mello – Gaivota sobre o rio Limmat, Zürich

Melhor começar pelo início.

Simplicidade muitas vezes é considerada como o contrário da complexidade. Na minha opinião, é um equívoco. O que é simples é o oposto do que é complicado, mas muito próximo do que é complexo.

A simplicidade é próxima da complexidade no sentido de que os elementos mais significativos da vida vão além de nossa compreensão ou explicação racional. É impossível limitar em conceitos o que realmente tem valor. Em tempo: na busca de coerência, peço que você não acredite no que está escrito aqui. Faça seus questionamentos, experimente, experimente: tente, agora mesmo, definir em palavras e conceitos, os fatores essenciais de sua existência. Tente expressar com precisão a grandeza de seus afetos, a amplitude de suas tristezas e prazeres, a profundidade de seus encantamentos.

Muito bem. Mas então, de que serve cultivar a simplicidade? Primeiramente, serve para viver melhor, com mais lucidez e harmonia pessoal e relacional. Ao mesmo tempo, proporciona um níve de conforto e contentamento que dependerá cada vez menos das circunstâncias. Não menos importante, colabora para uma existência que impacta menos os Sistemas de Vida no planeta Terra, o que torna-se a cada dia um tema mais urgente, merecedor de nossa atenção e ações coerentes.

Antecipadamente grato por sua atenção, aspiro que possamos cultivar uma partilha continuada em torno dos temas relativos à simplicidade e suas manifestações em nosso estilo de vida.

Cuide-se bem e aprecie sua vida.

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